MUSEUS: “MENOS DINHEIRO SERÁ IMPOSSÍVEL”

Odete Patrício admite que o corte de verbas estatais reduziu a atividade do Museu de Serralves EGIDIO SANTOS
Odete Patrício admite que o corte de verbas estatais reduziu a atividade do Museu de Serralves EGIDIO SANTOS
Odete Patrício admite que o corte de verbas estatais reduziu a atividade do Museu de Serralves EGIDIO SANTOS
Odete Patrício admite que o corte de verbas estatais reduziu a atividade do Museu de Serralves
EGIDIO SANTOS

Faltam quarto meses para o final do ano e até 31 de agosto o Museu de Serralves, no Porto, já tinha recebido 305 mil visitantes. Num ano “muito difícil” – em que a Fundação viu cortado em 30% o apoio estatal (passou de 4,1milhões para 2,8 milhões de euros) – a diretora geral daquele organismo diz que o apoio do público tem feito com que tudo valha a pena.
“Apesar das dificuldades, e este ano também houve redução no apoio mecenático, que representa mais de metade do nosso orçamento, temos tido uma excelente resposta por parte do público, que cresceu 5% relativamente ao ano passado”, esclarece Odete Patrício. “Até ao final de dezembro, esperamos chegar aos 430 mil visitantes. Ou seja, mais 14 mil do que em 2012”,acrescenta.
Com 2014 já no horizonte, a diretora-geral da Fundação Serralves está, como todos os portugueses, expectante relativamente à apresentação do Orçamento de Estado. E faz votos para que a situação não piore.
“O corte de 30% obrigou-nos a reduzir a atividade, por que não há milagres, e é com grande esforço que mantemos uma programação de qualidade. Mas se cortam ainda mais, entraremos numa situação insustentável”, garante. “Com menos dinheiro do que tivemos este ano, será impossível trabalhar.”