Porto, 16 jul 2024 (Lusa) — A Mota-Engil assinou um acordo no México, com uma subsidiária da estatal Petróleos Mexicanos, para a construção de uma unidade industrial, incluindo um contrato de construção de cerca de 1,1 mil milhões de euros (1,2 mil milhões de dólares).
Num comunicado, publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil informa que, através da sua participada Mota-Engil México, “assinou um acordo com a Pemex Transformación Industrial, subsidiária da empresa petrolífera estatal mexicana, Petróleos Mexicanos (Pemex), para a construção de uma unidade industrial de fertilizantes em Escolín, Poza Rica, Estado de Vera Cruz”.
Segundo o grupo, o “acordo tem como objeto o desenvolvimento da engenharia, construção, financiamento e operação de uma unidade de produção de amoníaco, ureia e Adblue com uma produção equivalente superior a 700.000 toneladas por ano”.
A Mota-Engil explicou que “a construção desta unidade reduzirá a importação de fertilizantes e robustecerá de forma relevante a autonomia produtiva do setor agrícola no país”, sendo que, paralelamente, promoverá “igualmente soluções de sustentabilidade ambiental, através da redução da emissão de gases poluentes libertados para a atmosfera, que a incorporação de Adblue nos combustíveis promove”.
Este contrato estabelece que o cliente “entrega as matérias-primas principais (gás e água), sendo da responsabilidade do operador a transformação das mesmas e a entrega do produto final”, sendo que não existe, assegurou, “qualquer risco de variação do preço das matérias-primas e/ou responsabilidade na comercialização do produto final”.
“O projeto será desenvolvido em três fases, sendo que a primeira, com uma duração entre quatro e seis meses, envolve o desenvolvimento de estudos de viabilidade de engenharia”, disse a Mota-Engil, explicando que se segue a fase de construção, estimada em 42 meses, “com um investimento de 1,2 mil milhões de dólares americanos, seguindo-se a fase de operação técnica da unidade durante 20 anos”.
No acordo, a remuneração “será efetuada através das tarifas correspondentes aos pagamentos por disponibilidade durante o período de operação da unidade industrial de 20 anos”. A remuneração do investimento tem “uma tarifa fixa, atualizada anualmente à taxa de inflação, estando a componente de remuneração da operação indexada à performance”, destacou.
A Mota-Engil México será a empresa responsável pela coordenação global do projeto, indicou o grupo, “integrando a empresa associada Duro Felguera, que aportará a sua vasta experiência e ‘know-how’ especializado em construção industrial e energia, num primeiro projeto em conjunto”.
O grupo antecipa “futuras parcerias com aquela associada no âmbito da transição energética e em projetos industriais associados ao fenómeno do ‘nearshoring’, onde a Mota-Engil México “pretende posicionar-se como um promotor relevante no reforço da capacidade competitiva do México na região em que se insere”.
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