São Paulo, 13 dez (Lusa) – O número de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar brasileira (1964-1985) está subestimado nas contagens conhecidas, afirmaram membros do Comité de São Paulo da Comissão Nacional da Verdade, que investigou as violações do Estado no período.
No relatório da comissão, entregue na terça-feira à presidente Dilma Rousseff, foram catalogados 434 mortos e desaparecidos, em mais de duas mil páginas. José Luiz del Roio e Antonio Carlos Fon, membros do comité de São Paulo, afirmam que esse número não é o total, mas sim uma parte formada pelas vítimas que foram identificadas.
“Não tenho dúvidas de que esse é só o começo, e a análise dos documentos vai levar-nos a muito mais”, afirmou Fon, que foi preso político da ditadura e membro da Ação Libertadora Nacional (ALN), contrária aos militares, durante uma conferência à imprensa internacional.