Morreu Alice Munro: Nobel da Literatura de 2013 morreu aos 92 anos em Ontário

O Primeiro-Ministro Trudeau e Sophie encontram-se com Alice Munro em sua casa. 22 de setembro de 2017. Foto: Justin Trudeau/Facebook

Começou a escrever contos porque achava que não tinha tempo nem talento para dominar os romances, depois dedicou de forma obstinada a sua longa carreira à produção de histórias psicologicamente densas que deslumbraram o mundo literário e lhe valeram o Prémio Nobel da Literatura em 2013.

Foi a primeira canadiana a ser galardoada com o prémio da academia sueca, depois de ter recebido quatro anos antes o Man Booker International Prize.

Alice Munro deixou um legado imponente na literatura. Morreu no dia 13 de maio,  à noite, em Port Hope, na província de Ontário, a leste de Toronto. Tinha 92 anos.

A escritora que ficou conhecida como a “Tchekhov canadiana” viveu os últimos anos de vida num lar de idosos. Já sofria de demência há mais de dez anos.

A autora nasceu a 10 de julho de 1931 em Wingham, em Ontário. Filha de uma professora e de um criador de raposas, Alice Munro estudou jornalismo e inglês na Universidade de Western, antes de se mudar com o marido de forma temporária para British Columbia. Aí começou uma paixão maior pela escrita, quando o casal decidiu abrir uma livraria. Só haveria de publicar a primeira coleção de contos em 1968. O ‘Dance of the Happy Shades’ foi o mote para uma carreira de vários sucessos.

O primeiro-ministro Justin Trudeau reagiu à perda da escritora nas redes sociais.

“O mundo perdeu uma das suas maiores contadoras de histórias.

Alice Munro ficou cativada pela vida quotidiana numa pequena cidade do Canadá. Assim como todos os seus numerosos leitores. Sentiremos muito a sua falta.”, escreveu o líder canadiano.