A escritora sul-africana Nadine Gordimer, morreu no domingo com 90 anos de idade, foi Nobel da Literatura em 1991 e ativista da luta anti-apartheid.
A confirmação da notícia foi feita agora pelo escritório de advogados Edward Nathan Sonnerbergs que publicou um comunicado da família, no qual dá conta que Gordimer morreu tranquilamente durante o sono, na casa de Joanesburgo.
Os filhos lembram que a escritora orgulhava-se não só de ter recebido o Nobel da Literatura em 1991, mas também de ter testemunhado (num processo) em 1986 e ter contribuído para salvar a vida de 22 membros do Congresso Nacional Africano (ANC), acusados de traição.
Nascida a 20 de novembro de 1923, Nadine Gordimer era filha de imigrantes judeus oriundos da Europa de Leste e como sul-africana recusou sempre deixar o país, mesmo nas alturas mais difíceis do apartheid, o regime de segregação racial em vigor entre 1948 e 1994.
Autora de 15 romances e vários volumes de contos, Nadine Gordimer já depois da democracia ter chegado ao poder em 1994, nunca deixou de apontar os defeitos do novo poder dos sucessores de Nelson Mandela.
A autora tem várias obras editadas em Portugal.