MORADORES DE BAIRRO NO PORTO CRITICAM ABANDONO DA CÂMARA E “IMUNDICE”

LusaPorto, 21 set (Lusa) — O cheiro nauseabundo entranha-se, tal como a comichão das moscas atraídas pelo lixo e fezes humanas nas ruas do bairro do Leal, no Porto, deixando os moradores indignados com a falta de higiene de pessoas instaladas num antigo café.

“Vivemos cheios de medo e na imundice”, resume Aurélio Simões, secretário da Associação de Moradores do Bairro do Leal (AMBL), responsável por 16 casas bem conservadas do aglomerado que contrastam com os destroços da Travessa das Musas, onde apenas vivem duas famílias num terreno entregue pela Câmara ao Fundo Imobiliário criado para demolir o bairro do Aleixo.

O problema reporta-se a uma comunidade estrangeira e surgiu “há um ano ou dois”, os moradores asseguram ter denunciado o caso a várias entidades, mas o antigo café arrendado aos imigrantes continua ocupado e, no interior, vislumbram-se cozinhas junto a panos estendidos no chão, como se fossem camas, a par de outros pendurados, como que a servir de paredes.