À semelhança dos picos para afastar os pombos, os picos anti itinerantes existem na cidade. Porém, a reação a esta afronta humanitária demorou e só sucedeu após uma artigo no jornal Devoir denunciar a situação. Ninguém reparou? Nas imediações da famosa loja Archambault, parte do grupo Québecor, foram instalados alguns destes exemplares de mobiliário urbano, em plena rua Sainte Catherine. O deputado pequista Jean-François Lisée não tardou em manifestar-se, dirigindo-se diretamente ao governo de Philippe Couillard, acusando o governo liberal de culpa pela sua inação. O governo liberal é, em parte, responsável pelos “picos de vergonha” instalados em Montreal. Embora a situação já exista há muito temo, o representante da oposição nesta cidade acredita que os picos anti itinerantes instalados são um “sinal de alarme que foi lançado esta manhã ao governo de Couillard”. Num comunicado de imprensa, Jean-François Lisée culpou os liberais pelo facto de “decidirem não ir em frente com uma política sobre a itinerância”. Assim, os picos anti itinerantes instalados em frente a alguns comércios do centro da cidade devem ser retirados. Para além de serem considerados “inumanos” para com os sem-abrigo, os dirigentes da metrópole vêm-nos como um perigo púbico. Denis Coderre manifestou-se igualmente, através das redes sociais, afirmando que “os picos anti itinerantes são inaceitáveis”. Deste modo, Denis Coderre encontra-se empenhado a mandar retirar da cidade todos os “picos da vergonha”.