![camaras](https://www.correiodamanhacanada.com/wp-content/uploads/2014/02/camaras.jpg)
Montreal pode estar no limiar de seguir o exemplo de várias outras cidades que já possuem sistemas de videovigilância abrangentes na malha urbana. Realidade ou ficção, este cenário que já influenciou vários filmes e jogos de vídeo, começa cada vez mais a fazer parte do quotidiano das maiores cidades.
Esta é uma das questões sobre as quais a administração municipal se vai debruçar nos próximos meses. Os membros da comissão executiva de Montreal tiveram, na manha de quarta-feira, uma apresentação do chefe dos Serviços de Policiais de Montreal (SPVM), Marc Parent, acerca da videovigilância, tendo em conta os acontecimentos mais violentos ocorridos ultimamente.
O presidente da câmara municipal de Montreal, Denis Coderre, deseja ver discutida a hipótese da implementação de um sistema de videovigilância mais eficaz e abrangente. “Eu sou daqueles que pensa que precisamos de mais videovigilância, mas quero ter a certeza que existe um panorama legal para que possamos proteger os dados pessoais”, explicou Denis Coderre.
Atualmente a SPVM possui cerca de uma vintena de câmaras, localizadas essencialmente no centro da cidade. A Sociedade de Transportes de Montreal e o Gabinete da Habitação de Montreal têm mais de 1000 câmaras espalhadas na cidade. No entanto, o chefe da polícia realçou que, a implementação de um sistema de videovigilância de maior dimensão e mais alcance ultrapassa a visão das forças policiais e exige um debate de envolvimento social. Marc Parent referiu ainda o modelo britânico, que colocou numerosas câmaras em locais públicos para poder conter os atos terroristas, explicando que “esta é uma prática já muito espalhada, não apenas por causa do terrorismo, mas também por causa dos problemas de violência e de tráfico de estupefacientes.”
Denis Coderre anuncia assim a criação de uma comissão a quem será entregue a responsabilidade de análise e debate sobre este assunto. O objetivo desta comissão será de perceber a ligação entre a implementação de câmaras de videovigilância e a baixa da taxa de criminalidade. No decorrer das próximas semanas esta questão irá ser analisada. Analisa-se também, no caso de haver mais câmaras a serem colocadas na cidade, se se deveriam mudar as atuais câmaras já em funcionamento.
No meio desta questão o presidente da câmara municipal anunciou que quer que os cidadãos participem deste debate e espera que se pronunciem nas próximas sessões municipais.