Maputo, 10 dez (Lusa) – O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, avisa que o Governo moçambicano deve considerar a sua proposta de um executivo de gestão, ou enfrentará violência e desobediência civil, envolvendo também o seu partido, ou até um referendo para dividir o país.
Em entrevista à Lusa no fim de uma viagem de duas semanas ao centro e norte de Moçambique para explicar às populações a sua ideia de governo de gestão, o líder do principal partido de oposição afirma que a proposta deve ser levada a sério, sob pena de o governo saído das eleições de 15 de outubro não ser reconhecido nestas regiões do país.
“Chamaria a atenção da Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique, no poder] para não tentar formar governo à força. Porque o que é que vai acontecer? Posso explicar. Vai haver violência e desobediência. E a Frelimo vai querer mandar disparar, usar polícia e tudo aquilo e a Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] não vai deixar as populações serem massacradas. Nessa batalha iremos voluntariamente entrar”, afirmou.