Ataques ocorreram após anúncio do corte da circulação rodoviária e ferroviária no centro do país devido a movimentações de tropas governamentais.
A instabilidade regressou a Moçambique. A Renamo, principal partido da oposição, aquartelada na província de Sofala, centro do país, acusa o governo da Frelimo de preparar uma ofensiva contra o seu líder, Afonso Dhlakama, e ameaçou cortar a circulação rodoviária e ferroviária. Ontem, três ataques na região mataram pelo menos três civis.
Homens armados, alegadamente guerrilheiros da Renamo, levaram a cabo ataques contra autocarros de passageiros na região de Machanga, Sofala. Numa das emboscadas, os atacantes “metralharam” um autocarro, que não obedeceu a ordens para parar – afirmou um responsável local. O mesmo terá acontecido com mais dois autocarros, resultando na morte de trê scivis.
No próximo dia 25, o país festeja o 38º aniversário da independência entre sinais de grande tensão. Na quarta-feira, um dirigente da Renamo, general Jerónimo Malagueta, ameaçou impedir a circulação no centro do país para travar a concentração de tropas governamentais que “prepararam um ataque” contra a base na Serra da Gorongosa, onde se encontra Dhlakama. A resposta por parte do governo não se fez esperar: Malagueta foi detido, ontem, em Maputo.