MINISTÉRIOS INVADIDOS

Professores protestaram no hall de entrada do Ministério da Educação (Foto de Diogo Ribeiro)
Professores protestaram no hall de entrada do Ministério da Educação (Foto de Diogo Ribeiro)
Professores protestaram no hall de entrada do Ministério da Educação (Foto de Diogo Ribeiro)
Professores protestaram no hall de entrada do Ministério da Educação (Foto de Diogo Ribeiro)

Durante cinco horas, o Ministério da Educação, na avenida 5 de outubro, em Lisboa, esteve ocupado por cerca de 40 professores desempregados que exigiam uma audiência como ministro da Educação, Nuno Crato.
Sentados no hall de entrada, os professores não foram importunados – a PSP apenas impediu que mais professores se juntassem ao protesto. Lentidão na colocação de professores e nos transtornos que isso causa a docentes e alunos estiveram na origem do protesto, que contou com o apoio do Sindicato de Professores da Grande Lisboa, afeto à Fenprof. “Ainda há alunos sem professores e há muitos professores desempregados”, explicou Ilídia Pinheiro, porta-voz do movimento.
Luísa Tavares, professora há sete anos, critica as ofertas de escola e os critérios que as escolas utilizam para a contratação de docentes: “Há professores sem qualquer ano de serviço a serem colocados à minha frente” Os professores acabaram por ser recebidos pelo secretário-geral do MEC, que garantiu analisar o agendamento de uma reunião. Em comunicado, o MEC garantiu estar “aberto ao diálogo”, mas que não cede a “pressões ilegítimas para a realização imediata de reuniões”. Enquanto os professores ‘invadiam’
o MEC, cerca de meia centena de representantes da Federação Nacional de Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais faziam o mesmo, mas no Ministério da Saúde. “O que está em causa é a ausência de resposta do Ministério e da Administração Central do Sistema de Saúde às reivindicações dos trabalhadores”, disse Luís Pesca, da FNSTFPS. A criação da carreira de técnico auxiliar de saúde e a falta de funcionários são alguns dos problemas que motivaram o protesto. O MS e a ACSS aceitaram reunir-se com os sindicatos nos dias 21 e 22 de outubro.