Apenas 42% dos canadianos defendem a eutanásia em pessoas com doenças mentais. É o que diz um novo inquérito. Recorde-se que o Governo do Canadá planeia permitir a eutanásia em casos de doença mental, mas só daqui a três anos.
Menos de metade dos canadianos defende a eutanásia em pessoas com doenças mentais. A conclusão é de uma nova sondagem da Leger.
Recorde-se que o Governo planeia alargar a eutanásia a pessoas com doenças mentais crónicas e incuráveis daqui a três anos. O alargamento estava previsto para maio deste ano, mas o Ministério da Saúde decidiu adiar a decisão, sob o argumento de que não há médicos suficientes no país para avaliar os casos.
Para já, apenas os canadianos com doenças físicas graves e incuráveis ou que enfrentam sofrimento duradouro e intolerável podem pôr termo à sua vida com a ajuda de um profissional de saúde.
77% dos canadianos apoiam a atual política canadiana de assistência médica na morte. Mas apenas 42% são a favor do alargamento a pessoas que lidam exclusivamente com doenças do foro mental.
Entre os demais inquiridos, 28% opõem-se ao alargamento e 30% não sabem se concordam ou não.
No mês passado, todas as províncias e territórios pediram ao Ministério da Saúde para adiar a elegibilidade da doença mental, uma vez que não estão preparados ou não querem avançar.
De acordo com o Governo federal, o adiamento vai dar mais tempo de preparação aos executivos locais e também a possibilidade de os canadianos terem uma “conversa mais profunda” sobre o tema.