MÉDICOS PODEM RECUSAR URGÊNCIA

Os médicos não estão dispostos a deslocarem-se para outras unidades após os cortes nos salários
Os médicos não estão dispostos a deslocarem-se para outras unidades após os cortes nos salários
Os médicos não estão dispostos a deslocarem-se para outras unidades após os cortes nos salários
Os médicos não estão dispostos a deslocarem-se para outras unidades após os cortes nos salários

Os médicos que trabalham na Área Metropolitana de Lisboa não são obrigados e não estão dispostos a reforçar as equipas das Urgências nocturnas nos hospitais de Santa Maria e de São José, conforme o Ministério da Saúde pretende que aconteça a partir de 2 de setembro, data em que arranca a primeira fase da reorganização das Urgências noturnas.
Ao que o CM apurou, em causa está a falta de compensação económica nas deslocações dos médicos que trabalham, designadamente na Margem Sul: Garcia de Orta (Almada), Nossa Senhora do Rosário (C. H. Barreiro-Montijo) e São Bernardo (Centro Hospitalar de Setúbal).
Além disso, o novo modelo de Urgências à noite abrange ainda os médicos que prestam serviço nos hospitais Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), Dr. José de Almeida (Cascais) e São Francisco Xavier (Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental).
Segundo os sindicatos, os profissionais de saúde podem recusar-se a prestar serviço noutra unidade porque “não se trata de uma situação de mobilidade”, mas de uma colaboração esporádica. Os cortes nas horas extras contribuem para a falta de adesão ao novo modelo de Urgências. A Associação Portuguesa de Medicina de Emergência considera que a medida vai provocar “turismo de doentes”. Já o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Leal da Costa, acusou os médicos de emitirem pareceres sobre a reorganização sem conhecerem o processo, o que os leva a fazer “críticas sem sentido”.