MAQUINISTA ESTAVA A FALAR AO TELEFONE

A análise das caixas negras confirma a culpa do maquinista Francisco Garzón, que ia a falar ao telefone e em velocidade excessiva
A análise das caixas negras confirma a culpa do maquinista Francisco Garzón, que ia a falar ao telefone e em velocidade excessiva
A análise das caixas negras confirma a culpa do maquinista Francisco Garzón, que ia a falar ao telefone e em velocidade excessiva
A análise das caixas negras confirma a culpa do maquinista Francisco Garzón, que ia a falar ao telefone e em velocidade excessiva

O maquinista do comboio que na semana passada descarrilou junto a Santiago de Compostela, na Galiza, Espanha, causando a morte a 79 pessoas, estava a falar ao telefone quando ocorreu o acidente, revelaram as caixas negras.
Segundo o Tribunal Superior de Justiça da Galiza, o maquinista, Francisco José Garzón Amo, estava ao telefone com elementos da Renfe, empresa de caminhos de ferro espanhola, pouco antes do descarrilamento.
O ferroviário, que reconheceu perante o juiz que não sabia em que parte do percurso se encontrava, atendeu uma chamada no seu telefone profissional para receber indicações sobre o percurso a seguir. Pelo conteúdo da conversa e pelos ruídos de fundo, “ parece que o maquinista consultava um mapa ”ou algum documento similar em papel.
A análise das caixas negras revelou ainda que o comboio circulava a 153 quilómetros/hora no momento do descarrilamento. “Alguns quilómetros antes do local do acidente, o comboio circulava a 192 quilómetros/hora”, adiantou o tribunal, referindo ainda que, ao ver a fatídica curva, o maquinista acionou “um travão alguns segundos antes do acidente”, reduzindo a velocidade para 153km/hora.
Entretanto, os técnicos da comissão de investigação vão agora realizar medições nas rodas dos vagões. Além disso, deverão ser usados cães nas últimas inspeções às carruagens. Ontem, 66 pessoas continuavam hospitalizadas, 15 das quais se encontravam ainda em estado crítico.