MAQUINISTA DA GALIZA FICA EM LIBERDADE

Francisco Garzón Amo à chegada ao tribunal
Francisco Garzón Amo à chegada ao tribunal
Francisco Garzón Amo à chegada ao tribunal
Francisco Garzón Amo à chegada ao tribunal

Francisco Garzón Amo está em liberdade. O maquinista do comboio que descarrilou na quarta-feira em Santiago de Compostela foi solto pelo juiz ontem ao início da noite, após ter estado cerca de três horas no tribunal. Francisco, de 52 anos, terá de se apresentar uma vez por semana à polícia. Ficou com o seu passaporte apreendido e está proibido de conduzir comboios.
O maquinista falou diante do juiz. Confessou que foi imprudente por circular a 190 km/h e que tinha culpa na morte de 79 passageiros. Ontem, um dos feridos graves morreu no hospital.
O facto de Francisco ter assumido que foi negligente e ter mostrado que estava disposto a colaborar coma investigação terá sido fundamental para que o juiz decidisse que deveria aguardar o desenrolar do processo em liberdade.
Diante das autoridades, o maquinista não tinha Prestado declarações. Numa conversa informal com a polícia, o arguido mostrou-se muito perturbado com a tragédia. Em lágrimas, perguntou pelos mortos. Quis também saber como estavam 30 feridos graves que ainda estão no hospital.
O maquinista entrou no Tribunal de Santiago de Compostela às 18h30 (17h30 em Portugal). Tinha um ar bastante abatido e tentou evitar olhar para as centenas de câmaras dos jornalistas que procuravam captar a sua imagem.
Nos ombros, carrega agora o peso de 79 mortes.