MAIS MULHERES TÊM CANCRO ORAL

Sexo oral provoca cancro se o parceiro estiver infetado
Sexo oral provoca cancro se o parceiro estiver infetado
Sexo oral provoca cancro se o parceiro estiver infetado

O cancro oral está a aumentar em Portugal e todos os anos são diagnosticados perto de 1 500 casos. O sexo oral é apenas uma das causas para o aparecimento da doença.
“Os fatores associados ao cancro oral são o álcool, o tabaco e a má higiene oral. O tabaco é um agente capaz de provocar alteração do DNA celular que conduz ao desenvolvimento de cancro. Estes fatores são mais responsáveis pelo cancro do que o vírus de transmissão sexual”, refere ao CM João Leite Moreira, coordenador da Consulta de Diagnóstico Precoce de Cancro Oral da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
O caso mediático do ator Michael Douglas, com cancro na garganta, suscitou polémica, mas, na verdade, “o sexo oral provoca cancro apenas se o parceiro estiver infetado com o vírus do papiloma humano (HPV)”, explica a Liga.
A incidência do cancro oral é mais significativa nos homens, que são mais atingidos do que as mulheres, numa relação de 4 para 1. Apesar disso, o número de mulheres doentes está aumentar.
“As mulheres têm vindo a adotar comportamentos mais próximos aos dos homens. A nível mundial são cerca de 400 mil casos por ano. Este cancro tem uma incidência superior ao cancro da pele, leucemia e linfoma. É uma realidade preocupante que carece de diagnósticos precoces”, explica João Leite Moreira.
O cancro oral tem uma mortalidade elevada, principalmente porque grande parte dos diagnósticos são tardios. Estima-se que cerca de seis em cada dez doentes de cancro oral morram nos cinco anos após a data do seu diagnóstico. O tabaco é um dos inimigos. Calcula-se que oito em cada dez doentes diagnosticados com cancro oral consumam ou tenham consumido tabaco, tendo estes doentes um risco cinco a sete vezes superior de desenvolverem cancro oral quando comparados com não fumadores.