MAIOR DIFICULDADE NO ACESSO AO TRATAMENTO DA TOXICODEPENDÊNCIA

Os médicos e os enfermeiros alertam para o problema do aumento do número de dependentes
Os médicos e os enfermeiros alertam para o problema do aumento do número de dependentes
Os médicos e os enfermeiros alertam para o problema do aumento do número de dependentes
Os médicos e os enfermeiros alertam para o problema do aumento do número de dependentes

A perda crescente de recursos humanos e as maiores dificuldades de acesso dos doentes às consultas e tratamento e ainda o aumento do número de pessoas com dependência de drogas faz com que o problema da toxicodependência se encontre numa “situação explosiva”, alertam as Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros.
Carlos Ramalheira, do Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos, afirma que se estão a “criar condições para, daqui a alguns anos, termos uma situação explosiva”.
Segundo o responsável, “há notícia da diminuição de meios técnicos e de um fluxo de doentes com recaídas e problemas relacionados com a crise, bem como de uma acessibilidade cada vez mais diminuída a consultas e tratamentos”.
O médico, que liderou o extinto Instituto da Droga e da Toxicodependência da Região Centro, manifesta a “enorme preocupação” da Ordem dos Médicos com a reforma que está a ser feita na área desde 2011. “Está a ser feita sem objetivos e sem rumo, o que se traduziu na desarticulação de serviços, na diminuição da eficácia e na desnatação de meios técnicos ao dispor das estratégias nacionais coordenadas”, refere o médico.
Igual preocupação manifesta Joaquim Lopes, da Ordem dos Enfermeiros. “A crise motiva o aumento de casos de consumo de novas e de antigas substâncias e o retraimento de serviços estão muito longe da necessidade de resposta a cuidados que são marcados pela sua complexidade”, sublinha.