MÃE HOMICIDA REJEITA NOVO FILHO BEBÉ

Anabela Fernandes estacionou o carro e atirou o filho ao rio – morreu afogado. A mulher também entrou na água, mas acabou por ser resgatada (Foto de Rui Manuel Fonseca)
Anabela Fernandes estacionou o carro e atirou o filho ao rio – morreu afogado. A mulher também entrou na água, mas acabou por ser resgatada (Foto de Rui Manuel Fonseca)
Anabela Fernandes estacionou o carro e atirou o filho ao rio – morreu afogado. A mulher também entrou na água, mas acabou por ser resgatada (Foto de Rui Manuel Fonseca)
Anabela Fernandes estacionou o carro e atirou o filho ao rio – morreu afogado. A mulher também entrou na água, mas acabou por ser resgatada (Foto de Rui Manuel Fonseca)

Anabela Fernandes, a mãe que atirou o filho, André, menino de apenas seis anos, ao rio Douro, no cais do Areinho, em Vila Nova de Gaia, começa hoje a ser julgada, quase quatro anos depois do crime. A mulher responde pelo crime de homicídio. Lançou a criança à água por acreditar que o filho sofria de uma doença incurável.
A dedução da acusação ocorreu há apenas alguns meses. Isto também porque Anabela foi novamente mãe há dois anos. A mulher rejeitou, no entanto, a filha quando aquela tinha apenas um mês. Recusou-se a prestar cuidados à bebé e teve mesmo de ser internada no Hospital de Magalhães Lemos, no Porto.
Além disso, a forma como André foi assassinado chegou a levantar algumas dúvidas à procuradora do Ministério Público. Isto porque a mãe homicida mudou de versão durante a investigação. Inicialmente admitiu à Polícia Judiciária do Porto que atirou o filho ao rio, pois acreditava que o menino – que tinha alguns problemas respiratórios – estaria em grande sofrimento. Mais tarde, a arguida voltou atrás e alegou que o menor tinha caído. A procuradora do Ministério Público de Gaia chegou, no entanto, à conclusão que Anabela era a responsável direta pela morte do pequeno André. Até porque deixou no vidro do carro, que deixou estacionado no cais, dois bilhetes com o nome e o número de telemóvel do marido.
Após atirar o filho, Anabela entrou na água, tendo sido resgatada algum tempo depois. A morte do pequeno André ocorreu a 28 de outubro de 2009.
Para a sessão de hoje, que tem início marcado às 09h30, está prevista a audição de Anabela Fernandes. A mãe pode, no entanto, vir a exercer o seu direito ao silêncio. Os inspetores da PJ que investigaram este caso vão também testemunhar em tribunal.