A chamada ‘limpeza’ das bibliotecas escolares de Ontário está a gerar polémica. Alguns residentes de Peel dizem que livros publicados antes de 2008 estão a ser removidos sem qualquer critério. O Governo de Ontário já interveio.
O ministro da Educação de Ontário pediu a uma direção escolar a oeste de Toronto que parasse imediatamente com a chamada ‘limpeza’ das bibliotecas escolares. O pedido surge depois de terem sido levantadas preocupações sobre o processo de avaliação e remoção de livros mais antigos.
Esta quarta-feira, dia 13 de setembro, Stephen Lecce escreveu ao Conselho Escolar do Distrito de Peel pedindo-lhe que suspendesse o processo. Uma medida tomada na sequência de testemunhos de alguns residentes da região, que dão conta da retirada indiscriminada de livros publicados antes de 2008, com base nas novas diretrizes do conselho.
De acordo com Lecce, “o Governo está empenhado em garantir que a adição de novos livros reflicta melhor a rica diversidade” das comunidades.
O governante diz que “é ofensivo, ilógico e contraintuitivo retirar livros de anos passados que educam os estudantes sobre a história do Canadá, o antissemitismo ou clássicos literários célebres”.
Já o conselho de administração argumenta que, independentemente da data de publicação, os livros mais antigos que sejam “precisos, relevantes para a população estudantil, inclusivos, não prejudiciais e que apoiem o currículo atual” podem permanecer nas escolas. É o caso do ‘Diário de Anne Frank’ e dos livros do ‘Harry Potter’, que continuam disponíveis.
O processo de ‘limpeza’ das coleções das bibliotecas não é novo e há muito que é realizado para garantir que as coleções estão atualizadas e em boas condições.