INCÊNDIOS SEM PRECEDENTES NO FRIO E HÚMIDO NOROESTE DOS EUA

Salem, Estados Unidos, 10 set 2020 (Lusa) — As autoridades norte-americanas alertaram hoje que o número simultâneo de incêndios nos estados de Washington e Oregon, no noroeste do país, cujo clima é normalmente fresco e húmido, não têm precedentes.

A governadora do Oregon declarou que os incêndios que lavram naquele estado norte-americano provocaram uma substancial destruição e alertou que poderá haver um número sem precedentes de mortes causadas pelos fogos.

Kate Brown afirmou que o Oregon pode ter a maior perda de vidas e propriedades em incêndios florestais da história do estado.

A governadora disse que as comunidades foram “substancialmente destruídas”.

No Estado de Washington, um incêndio queimou mais de 480.000 acres de floresta, disse o governador de Washington, Jay Inslee, na quarta-feira, após fazer uma visita de 30 minutos pela área do incêndio em Sumner, a leste de Tacoma.

Jay Inslee disse que a baixa humidade, as altas temperaturas e os ventos provavelmente farão deste um dos “incêndios mais catastróficos na história do Estado”.

Devido ao seu clima frio e húmido, o noroeste dos Estados Unidos raramente experimenta uma atividade de fogo tão intensa.

No entanto, as alterações climáticas devem continuar a aquecer a região, com a maioria dos modelos a prever verões mais secos, de acordo com a Faculdade do Meio Ambiente da Universidade de Washington.

Pelo menos seis pessoas já morreram devido aos incêndios que devastam o noroeste dos Estados Unidos.

Os incêndios florestais continuam descontrolados na costa oeste dos Estados Unidos, com ventos fortes a alimentarem as chamas.

Os fogos estão a afetar Estados como a Califórnia, Washington, Oregon, Idaho, Colorado e Montana.

Os meteorologistas preveem uma mudança nas condições do tempo nos próximos dias, que pode ajudar a combater os fogos, nomeadamente uma queda de temperatura até 15 graus.

Pode ainda haver uma diminuição dos ventos hoje, “trazendo algum alívio para os incêndios em curso” e para a “ameaça” de mais fogos, segundo os meteorologistas.

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