O Serviço de Monitorização da Atmosfera do Copernicus mostra uma enorme cortina de fumo dos incêndios do Canadá. As marcas das emissões sem precedentes dos incêndios florestais canadianos de 2023 continuam a pairar no céu. Após as chamas que varreram várias zonas do país no verão, existem ainda fogos ativos.
A atividade de incêndios florestais que começou no Hemisfério Norte em maio aumentou de gravidade durante os meses de verão. Os incêndios florestais no Canadá arderam durante mais de quatro meses, gerando em alguns locais algumas das emissões mais elevadas de incêndios florestais de que há registo no país.
Depois de três meses de atividade extrema de incêndios florestais entre maio e julho, o Canadá não teve tréguas em agosto, com os incêndios florestais a continuarem a arder em todo o país, especialmente no oeste e noroeste, com os Northwest Territories, British Columbia e Alberta a registarem um aumento da atividade de incêndios florestais no mês passado.
No passado dia 12 de setembro, registaram-se 145 incêndios ativos em Yukon, que viu quase 224 mil hectares do território devastados por incêndios este ano, enquanto a 13 de setembro havia 118 incêndios ativos nos Northwest Territories, contribuindo para um total de área ardida, este ano, de mais de 4 milhões de hectares.
As análises do Satélite Copernicus, baseadas no Sistema Global de Assimilação de Incêndios, mostra que a atividade de incêndios florestais nos Northwest Territoriesem agosto foi significativamente superior à média dos últimos 20 anos, assim como as emissões de carbono. As emissões de carbono estimadas em BC, Alberta e no Quebec são igualmente as mais elevadas de que há registo, sendo as emissões no Quebec quase quatro vezes superiores ao recorde anterior, estabelecido em 2013.