Huthis reivindicam ataque contra cargueiro norte-americano no Mar Vermelho

Sana, 12 fev 2024 (Lusa) – As forças Huthis do Iémen reivindicaram hoje um ataque com mísseis navais contra um navio da marinha mercante no Mar Vermelho, alegando que se trata de uma embarcação dos Estados Unidos.

“As Forças Navais do Iémen (Huthis) atacaram o navio norte-americano ‘Star Iris’ no Mar Vermelho com vários mísseis navais adaptados. O impacto foi preciso e direto, ‘Graças a Deus'”, disse o porta-voz militar, Yahya Sarea, num comunicado difundido através das redes sociais. 

Esta declaração ocorre depois de a Marinha de Guerra do Reino Unido ter informado sobre um novo ataque, com dois mísseis, contra um navio no Estreito de Bab el Mandeb, a 40 milhas a sul de Al Mokha, ao largo do Iémen. 

“A tripulação está a salvo e o navio dirige-se para a próxima escala”, indicou a divisão de Operações Marítimas Comerciais da Marinha de Guerra britânica (UKMTO, na sigla em inglês) através de uma mensagem divulgada nas redes sociais.

O portal de vigilância marítima MarineTraffic refere que o “Star Iris” é um navio grego registado nas Ilhas Marshall, Pacífico, e fazia a ligação entre o Brasil e o Irão quando foi atacado no Mar Vermelho.  

Os Huthis apoiados pelo regime de Teerão acusam a Administração dos Estados Unidos de não divulgar a identidade dos navios norte-americanos que navegam no Mar Vermelho e de aconselharem as tripulações a içarem o pavilhão das Ilhas Marshall, numa tentativa de evitar ataques das forças que controlam o Iémen.  

O porta-voz militar dos Huthis reiterou, no mesmo comunicado, que o novo ataque reivindicado pelos Huthis enquadra-se na campanha militar “de apoio ao povo oprimido palestiniano e em resposta da agressão dos Estados Unidos e do Reino Unido”.

Londres e Washington atacaram recentemente posições hutihs do Iémen com ‘drones’ e mísseis.  

O mesmo documento divulgado hoje pelo movimento xiita que controla o Iémen frisa que os huthis vão continuar a “impedir a navegação israelita, ou com ligações a Israel, no Mar Vermelho ou no Mar Arábico até que termine a agressão contra a Faixa de Gaza”.

“Trata-se de um dever moral e religioso”, refere o comunicado. 

 

PSP // SB

Lusa/Fim