HOSPITAIS TÊM DE IMPORTAR PLASMA

O plasma proveniente das doações de sangue está congelado
O plasma proveniente das doações de sangue está congelado
O plasma proveniente das doações de sangue está congelado
O plasma proveniente das doações de sangue está congelado

A farmacêutica suíça Octapharma, onde o ex–primeiro-ministro José Sócrates trabalha desde janeiro, é uma das empresas que impugnaram o concurso público para o processamento do plasma (componente do sangue). O produto encontra-se congelado nas câmaras frigoríficas do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), à espera de ser disponibilizado aos hospitais. Esta situação está a obrigar as unidades hospitalares a importarem plasma, despesa que ronda 70 milhões de euros anuais. Ao que o CM apurou, a impugnação do concurso atrasou num ano a capacidade do instituto de fornecer o plasma.
Atualmente, o IPST tem congeladas 150 mil unidades de plasma, que estão à espera de serem processadas e fracionadas para, posteriormente, os seus componentes serem disponibilizados aos doentes.
Como o Instituto do Sangue não tem meios tecnológicos para fazer o processamento do plasma (apenas disponíveis nas grandes empresas multinacionais), teve de lançar concurso público. A empresa que vencer processa o plasma português, que poderá ser depois vendido pelo instituto aos hospitais.
No entanto, o IPST não tem garantias de que os hospitais adquiram o plasma processado, porque este processo obriga o organismo público a vender o produto mais caro do que as multinacionais.