HOSPITAIS PERDEM TERAPIA DE CANCRO

O Governo quer centralizar os tratamentos oncológicos para aumentar a especialização nos cuidados a prestar aos doentes de cancro (Foto de Katarina Stoltz/REUTERS)
O Governo quer centralizar os tratamentos oncológicos para aumentar a especialização nos cuidados a prestar aos doentes de cancro (Foto de Katarina Stoltz/REUTERS)
O Governo quer centralizar os tratamentos oncológicos para aumentar a especialização nos cuidados a prestar aos doentes de cancro (Foto de Katarina Stoltz/REUTERS)
O Governo quer centralizar os tratamentos oncológicos para aumentar a especialização nos cuidados a prestar aos doentes de cancro (Foto de Katarina Stoltz/REUTERS)

Os hospitais mais pequenos que tratam doentes de cancro poderão perder esta valência. A centralização dos tratamentos oncológicos está a ser estudada pelo Ministério da Saúde. A medida tem como objetivo uma maior especialização nos cuidados a prestar aos doentes.
Nuno Miranda, coordenador do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, afirmou ao CM que há unidades que não têm serviço de oncologia mas disponibilizam aos doentes procedimentos oncológicos. “Perguntamos é se valerá a pena continuar com algum tipo de cuidados nessas condições. É uma questão de organização”, justificou o responsável, garantindo que “não está previsto o fecho de qualquer centro de oncologia”.
Os casos de cancro em Portugal têm vindo a aumentar e os números foram apresentados ontem pelo coordenador do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas.
Até 2030 prevê-se que os casos de cancro aumentem entre 12 por cento a 15 por cento, estimativa que tem por base o aumento da esperança de vida e o envelhecimento da população.
Segundo o relatório das doenças oncológicas, há um aumento dos casos de cancro da pele, estômago, mama e do cólon.
Apesar do aumento dos casos de cancro, a cirurgia oncológica, principal tratamento do doente, registou uma diminuição em 2012, quando se realizaram 41 705 cirurgias, menos 291 do que no ano anterior. Um “sinal de alerta, não um sinal de preocupação” é o aumento dos tempos de espera para uma cirurgia oncológica que, em 2012, passou, então, de uma espera em média de 25 para 26 dias.
Para perceber as causas das cirurgias de correção, vai ser “estudada a qualidade das cirurgias oncológicas, um problema que ocorre em todo o Mundo”, concluiu Nuno Miranda.