Robert Pickton foi condenado por seis crimes de homicídio em segundo grau e sentenciado a prisão perpétua em 2007, depois de ter sido acusado de assassinar 26 mulheres, muitas delas indígenas.
Os restos mortais ou o ADN de 33 mulheres foram encontrados na quinta de Pickton, em Port Coquitlam, em British Columbia (B.C.). Ele gabou-se, ainda a um agente da polícia à paisana, dizendo que tinha morto um total de 49.
Recluso na prisão de Port-Cartier, no Quebec, o assassino em série faleceu no hospital, na sequência de ferimentos causados por um espancamento de outro recluso, a 19 de maio.
O Correctional Service Canada informou que a família de Pickton e a família das vítimas registadas foram notificadas da situação de Pickton.
Após a notícia de que o assassino em série se encontrava em suporte de vida no hospital, um líder indígena de B.C. afirmou que pouco mudou desde os seus crimes.
Marilyn Slett, secretária-tesoureira da União dos Chefes Indígenas de B.C., afirma que as mulheres indígenas continuam a enfrentar uma barreira de racismo, no que se refere à segurança pessoal e ao acesso ao sistema judicial, quando são vítimas de crimes.
O premier de B.C., David Eby, também se pronunciou e disse que os seus primeiros pensamentos estão com as vítimas e as suas famílias.
O governante acrescentou que Robert Pickton se aproveitou de pessoas vulneráveis e desejou-lhe uma boa viagem.
“A nossa atenção tem de continuar a centrar-se no reconhecimento da dignidade humana de cada pessoa nesta província, para garantir que todos são valorizados e bem-vindos”, referiu.