O presidente francês, François Hollande, exigiu ontem explicações a Washington sobre as notícias de espionagem a pelo menos 38 embaixadas estrangeiras nos EUA, entre elas as representações diplomáticas da França e da União Europeia (UE).
Hollande exigiu o fim imediato da vigilância e alertou que o acordo de livre comércio entre os EUA e a UE está em risco. “Isto tem de acabar já. Não podemos negociar até obtermos garantias para a França. Mas isto vale para toda a UE, para todos os parceiros dos EUA”, afirmou Hollande, aludindo ao início das negociações sobre o maior acordo comercial já assinado entre os EUA e a UE.
Além da UE e da França, foram vigiados aliados como Itália, Grécia, México, Japão, Índia, Coreia do Sul, Turquia e Alemanha. A chanceler alemã, Angela Merkel, resumiu em poucas palavras o que pensa do programa de espionagem da NSA denunciado pelo agora fugitivo ex-analista Edward Snowden. “Já não estamos na Guerra Fria”, afirmou através do porta-voz Steffen Seibert, concluindo: “Espiar amigos não é a ceitável.” Sobre o risco para o pacto de livre comércio, Seibert lembrou que “é preciso confiança mútua para assinar um acordo”.
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