Habitação: Governo do Canadá quer converter mais 56 propriedades em habitação acessível

Foto: cityNews

O Governo federal adicionou 56 propriedades a um novo banco de terras públicas de locais adequados para arrendamentos de longo prazo, para a construção de moradias. Segundo o ministro da Habitação, esta medida vai ajudar a aumentar a oferta de casas que os canadianos podem pagar.

Sean Fraser fez o anúncio a 25 de agosto, em Halifax, pouco antes de um retiro de três dias do gabinete, destinado a preparar a próxima sessão de outono do Parlamento. O novo plano é oferecer a maioria delas para arrendamento de longo prazo em vez de venda única, para manter as terras em mãos públicas e garantir que as moradias construídas nelas permaneçam acessíveis.

Antigas bases militares, instalações dos Correios do Canadá e prédios de escritórios federais estão entre as propriedades atualmente incluídas no banco de terras públicas, muitas das quais foram previamente reservadas para venda por já não serem utilizadas.

A lista atual inclui propriedades em 28 municípios e distribuídas por sete províncias, mas pode aumentar ao longo do tempo por meio de uma revisão contínua de terras e edifícios federais subutilizados ou vagos.

Cinco propriedades, identificadas pela primeira vez no orçamento de abril, entraram na fase de desenvolvimento, com o Governo a solicitar aos construtores manifestações de interesse ou solicitações de propostas. Quatro delas ficam em antigas bases militares em Calgary, Edmonton, Toronto e Ottawa, enquanto a quinta é o local de um antigo prédio do National Film Board em Montreal.

O novo banco de terras e um plano acelerado para transformar propriedades federais em moradias fazem parte do amplo plano habitacional dos liberais anunciado em abril, com alguns detalhes divulgados no orçamento da primavera.

O Governo pretende estimular a construção de 3,87 milhões de novas unidades habitacionais nos próximos sete anos, com as estimativas a apontar que entre 3,1 milhões e 3,5 milhões de novas unidades sejam necessárias até 2031 para resolver a crise imobiliária que deixou o Canadá com algumas das moradias menos acessíveis entre os países desenvolvidos.