Habitação: Canadá constrói e vende menos casas, alertam relatórios

FOTO: UNSPLASH
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O Canadá está a construir menos casas hoje do que durante os confinamentos de 2020, mostra o Canadian Centre for Policy Alternatives. Além disso, as vendas de condomínios canadianos estão a diminuir, devido às preocupações com a subida das taxas de juro.

O mercado imobiliário do Canadá está a sofrer outro golpe, uma vez que as vendas de condomínios estão a mostrar sinais de abrandamento na maioria dos principais mercados do país, de acordo com um novo relatório da Re/Max.

O relatório divulgado na terça-feira, dia 3 de outubro, mostra que as vendas de condomínios estão a cair em todos os sete maiores mercados do Canadá, à exceção de dois, uma vez que as fortes vendas registadas entre maio e agosto deste ano ainda não foram suficientes para compensar as vendas acumuladas de 2022.

Na província de Alberta, as vendas de condomínios em Calgary aumentaram para 22% nos primeiros oito meses de 2023, enquanto em Edmonton, aumentaram 3% em relação ao ano anterior.

Em British Columbia (B.C.), as transações de vendas caíram 17% em Vancouver e 10,8% em Fraser. Em Nova Scotia, destaque para a queda nas vendas de 3,6%. Na maior província canadiana, Ontário, as vendas caíram 12,8% em Toronto e 17% na capital do país, Ottawa.

Em Vancouver, apenas 10.100 apartamentos foram vendidos entre janeiro e agosto de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram vendidos 12.159 apartamentos. Durante o mesmo período, em Toronto, o maior mercado de condomínios do Canadá, as vendas de apartamentos caíram para 18.264, em comparação com os 20.948 do ano passado.

Além disso, à medida que as consequências das subidas das taxas de juro do Banco do Canadá continuam, estão a ser construídas menos casas hoje, em comparação com os confinamentos de 2020.

O Governo de Ontário tem afirmado repetidamente que a província precisa de libertar mais terrenos para a construção de casas, mas, de acordo com o relatório do Canadian Centre for Policy Alternatives, a falta de terrenos não é o problema. Em vez disso, o mesmo relatório conclui que a construção abrandou porque a inflação e o elevado custo dos materiais tornaram a construção de casas menos rentável para os promotores imobiliários. Existem receios de que o mercado abrande devido ao aumento das taxas de juro das hipotecas.