Os primeiros-ministros do Canadá, Nova Zelândia e Austrália divulgaram uma carta renovando os apelos para um “cessar-fogo urgente” em Gaza, na manhã de sexta-feira, 26 de julho.
A carta pressiona o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a aceitar a mais recente proposta de cessar-fogo apoiada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e endossada pelo Conselho de Segurança da ONU.
“A situação em Gaza é catastrófica. O sofrimento humano é inaceitável. Não pode continuar”, diz a carta.
O Ministério da Saúde de Gaza afirma que mais de 39.000 palestinianos já foram mortos nos nove meses de guerra. Netanyahu, que foi recentemente a Washington, D.C., para conversações com os líderes norte-americanos, assinalou que o acordo para o regresso dos reféns israelitas está a “amadurecer”.
Na carta, os líderes também renovaram as suas posições relativamente a uma eventual solução de dois Estados, mas limitaram-se a apresentar essa exigência como um compromisso de “trabalhar no sentido de uma via irreversível para a alcançar”.
Essa solução de dois Estados não deve incluir o Hamas no seu leme, escreveram Trudeau e os seus homólogos. O grupo, que o Canadá designou como entidade terrorista, não deve ter “qualquer papel na futura governação de Gaza”.
A carta surge poucos dias depois de o Hamas e a fação rival Fatah terem anunciado que concordaram formar um governo conjunto para os territórios palestinianos, numa potencial visão pós-guerra. Os dois grupos reuniram-se em Pequim para conversações. Divulgaram uma carta revelando o acordo de unidade, mas forneceram poucos pormenores sobre quando ou como se formaria esse governo.
O Hamas governa Gaza há 17 anos. A Fatah é a principal força da Autoridade Palestiniana, apoiada pelos EUA, que administra partes da Cisjordânia ocupada.
O anúncio da aliança foi amplamente criticado por Israel e seus aliados.