O Governo federal tem estado a trabalhar em planos para uma possível evacuação militar de canadianos do Líbano há meses, mas, até setembro, o departamento dos Assuntos Globais do Canadá aconselhou as pessoas a partirem por conta própria enquanto ainda havia opções para o fazer.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, afirmou que cerca de 45.000 canadianos poderiam estar no país, embora apenas cerca de metade desse número esteja registado na embaixada em Beirute.
A 27 de setembro, o departamento começou a reservar blocos de lugares em voos comerciais com destino a outros países a partir de Beirute. Os passageiros canadianos são responsáveis por encontrar o caminho de regresso ao Canadá a partir desses locais.
Joly disse no final da tarde de 30 de setembro que “para ajudar os canadianos a deixar o país rapidamente”, o Governo garantiu 800 lugares adicionais nos três dias seguintes para canadianos, residentes permanentes e familiares diretos.
O primeiro-ministro Justin Trudeau esteve em Inuvik, nos Northwest Territories, a 30 de setembro, para assinalar o Dia Nacional da Verdade e Reconciliação, onde disse à imprensa que lhe tinha sido pedido para responder às notícias de que Israel está a preparar operações terrestres limitadas no Líbano.
O primeiro-ministro reiterou que falou com o Presidente do Líbano e que o Canadá apela a um cessar-fogo no país e na região.
Com Israel e o Hezbollah a prometerem continuar a sua luta, para além do Canadá, outros países ocidentais também começaram a acelerar os planos de saída dos seus cidadãos, receando um conflito regional ainda mais alargado.