Guerra Israel-Hamas: Denúncias de crimes de ódio aumentam 132% em Toronto

Correio da Manhã Canadá

As denúncias de crimes de ódio aumentaram 132% em Toronto, na sequência do conflito entre Israel e o Hamas. Os números são avançados pela polícia da cidade. 12 dos 14 crimes de ódio comunicados estão relacionados com o antissemitismo.

O chefe da polícia de Toronto diz que as denúncias de crimes de ódio aumentaram 132% desde que o ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro, desencadeou a guerra.

Foram efetuadas 14 chamadas relacionadas com crimes de ódio entre 7 e 19 de outubro.

“Isto reflete uma escalada de incidentes motivados pelo ódio e também o aumento das tensões públicas”, disse Myron Demkiw ao conselho de administração, na quinta-feira, dia 19 de outubro.

Demkiw diz que se reuniu com membros das comunidades palestiniana e judaica para falar sobre as suas preocupações com a segurança.

“Ouvi dizer diretamente que não só estão preocupados com os seus familiares e amigos que vivem nas regiões em conflito, como também receiam pela sua própria segurança aqui na nossa cidade”, afirmou.

Dos 14 incidentes de crimes de ódio registados, 12 estão relacionados com o antissemitismo e dois com eventos antimuçulmanos.

“Respondemos com (…) patrulhas e destacamentos em todas as divisões, com enfoque nos locais de culto, incluindo sinagogas, mesquitas, escolas e centros comunitários”, afirmou.

De acordo com as autoridades, registaram-se 237 incidentes de crimes de ódio em Toronto este ano, um aumento em relação aos 192 registados no mesmo período do ano passado.

“Temos sido claros e continuamos decididos a afirmar que o Serviço de Polícia de Toronto não tolerará atos de violência, intimidação ou ódio contra qualquer pessoa ou comunidade”, afirmou o chefe da polícia de Toronto.

A guerra entre Israel e o Hamas tem dado origem a múltiplos protestos no Canadá. Esta sexta-feira, uma manifestação pró-Palestina em frente ao gabinete da vice-primeira-ministra bloqueou brevemente a Bloor Street em ambas as direções na Spadina.

Os manifestantes apelaram a que Chrystia Freeland e o Governo federal façam mais para ajudar a população de Gaza.

As vias foram reabertas por volta das 13h.