Em pleno colapso humanitário, um míssil atingiu esta terça-feira um hospital em Gaza, tirando a vida a centenas de civis. Trata-se do episódio mais sangrento em Gaza desde que Israel lançou uma campanha de bombardeamento em retaliação ao ataque do Hamas. O primeiro-ministro do Canadá diz que o ataque é “ilegal” e “absolutamente inaceitável”.
Justin Trudeau diz que o bombardeamento de um hospital em Gaza, esta terça-feira, dia 17, “não é legal” e considera a situação “absolutamente inaceitável”.
O primeiro-ministro reagiu prontamente aos relatos provenientes de Gaza, onde o Ministério da Saúde, dirigido pelo Hamas, afirmou que um ataque aéreo israelita atingiu um hospital, matando centenas de palestinianos, incluindo pessoas que utilizavam o hospital como abrigo.
Israel, por seu turno, nega as acusações e culpa a Jihad Islâmica pelo ataque.
Trudeau tem dito repetidamente que as guerras têm regras internacionais que devem ser seguidas. De acordo com o governante, o Canadá está a trabalhar com os seus aliados para criar um corredor humanitário que permita a entrada de bens em Gaza.
O bombardeamento do hospital fez com que muitos canadianos saíssem às ruas para protestar, nomeadamente em Toronto e Mississauga.
Milhares de manifestantes pró-Palestina reuniram-se no centro da cidade de Toronto, na terça-feira, 17 de outubro, à noite, depois de estudantes pró-Israel também se terem manifestado na Universidade de Toronto.
Ao mesmo tempo, Mississauga também foi palco de um grande protesto, na zona de Hurontario Street e Burnhamthorpe Road West.
Enquanto isso, a maioria dos canadianos não acredita que israelitas e palestinianos consigam alcançar uma paz duradoura. A conclusão é de uma nova sondagem da Leger. Menos de um quinto não acredita numa solução pacífica. Entre os inquiridos que dizem estar bem informados sobre o conflito, 62% acham que a paz é impossível.