
O Canadá reforçou as suas medidas de retaliação contra as tarifas de Donald Trump a 9 de abril, quando o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) alastrou a sua guerra comercial a todo o mundo.
Uma tarifa básica de 10% sobre as importações para os EUA da maioria dos países e taxas mais altas sobre dezenas de nações entrou em vigor logo após a meia-noite de dia 9, após dias de turbulência nos mercados globais.
Embora o Canadá não seja alvo das tarifas globais de Trump, o país foi atingido pelas tarifas sobre automóveis, aço e alumínio dos EUA e enfrenta a ameaça contínua de tarifas relacionadas com o fentanil em toda a economia.
Com as novas mudanças tarifárias, o Governo canadiano acrescentou às suas medidas de retaliação tarifas semelhantes às americanas sobre os veículos importados dos EUA. Ao contrário das taxas americanas, as tarifas canadianas não afetam as peças de automóveis ou os veículos e componentes mexicanos.
Enquanto isso, um número crescente de empresas, em ambos os lados da fronteira, informaram ter sido forçado a despedir pessoal, a interromper a produção ou a reduzir as operações, à medida que a incerteza em torno da política comercial dos EUA se agrava.
Em Windsor, Ontário, a Stellantis, fabricante de automóveis, interrompeu operações durante duas semanas.
Em British Columbia (B.C.), mais de 170 trabalhadores da Prepac Manufacturing Ltd., perderam os seus empregos enquanto a empresa, fundada no Canadá em 1979, transferiu a sua produção para a unidade da Carolina do Norte, nos EUA.
Em Winnipeg, um terço da força de trabalho da Eascan Automatic Inc., empresa de robótica e comandos industriais, foi demitida no final de fevereiro. A empresa justificou que os cortes de pessoal são para fazer face ao aumento do valor do alumínio.