Nova Iorque, 27 fev 2024 (Lusa) – O grupo norte-americano de armazéns Macy’s, em dificuldades há anos e pressionado por alguns investidores, vai fechar 150 pontos de venda até 2026, para privilegiar a gama alta.
A Macy’s considera que esta operação lhe permite concentrar os seus investimentos em 350 pontos de venda que continuam em atividade, nomeadamente com a expansão de lojas de menor dimensão.
No total são 30% das lojas do grupo que vão desaparecer, uma vez que segundo o ‘site’ da empresa, tem atualmente 500 espaços comerciais.
O grupo, que tinha em finais de 2022 cerca de 94.500 trabalhadores, indicou em janeiro que reduziria a sua força laboral em 3,5%.
A divulgação desta informação impulsionou as ações da Macy’s na bolsa de Nova Iorque e às 16:00 (hora de Lisboa) as ações subiam 5,5% para 20,38 dólares.
A Macy’s, que também detém 33 armazéns de gama alta Bloomingdale’s e 159 lojas de maquilhagem Bluemercury, indicou que pretende focar-se neste segmento do mercado e, segundo um comunicado citado pela AFP, pretende “tirar partido da sua posição de líder do mercado de luxo”.
No âmbito da nova estratégia divulgada hoje, o grupo anunciou a abertura de 15 lojas Bloomingdale’s e pelo menos 30 novas lojas Bluemercury.
As cadeias de grandes armazéns, que durante anos atraíam os consumidores aos centros comerciais, têm visto os seus resultados penalizados nos últimos tempos e tiveram de reduzir a sua dimensão, uma situação que piorou com a pandemia de covid-19.
Em janeiro, a Macy’s rejeitou uma oferta de compra da ordem de 5,8 mil milhões de dólares (cerca de 5,4 mil milhões de euros) dos fundos de investimento Arkhouse Management e Brigade Capital Management.
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