GRÉCIA ENCERRA CANAL PÚBLICO

O encerramento do canal público grego deixa no desemprego cerca de 3000 pessoas
O encerramento do canal público grego deixa no desemprego cerca de 3000 pessoas
O encerramento do canal público grego deixa no desemprego cerca de 3000 pessoas
O encerramento do canal público grego deixa no desemprego cerca de 3000 pessoas

O governo grego anunciou ontem à tarde, sem aviso prévio, que após o último programa da noite a televisão pública, ERT, encerra, “devido a má gestão, opacidade e desperdício”. Esta será substituída por um canal de baixo custo. A antena, que empregava cerca de
3000 trabalhadores e custava à Grécia 300 milhões de euros por ano, será “ocupada por um organismo público moderno, com muito menos pessoal”, disse o porta-voz do executivo, Simos Kedikoglou, citado pelo ‘El Mundo’.
“A ERT tem um custo três a sete vezes superior a outros canais e uma audiência inferior. O povo grego não pode suportar mais sacrifícios. Não há tempo para vacilar”, lembrou, revelando que a ERT tem “seis departamentos de contabilidade que nunca comunicam entre si”.
A rádio e televisão pública grega é financiada pelos cidadãos com um imposto que se paga na fatura da luz, semelhante à contribuição audiovisual que financia a RTP.
Os cerca de três mil trabalhadores da ERT são despedidos, com direito a indemnização, mas os que quiserem trabalhar para o novo canal podem apresentar candidatura. Alguns media gregos, citando fontes governamentais, apontam a criação de 700 empregos, estimando uma poupança superior a 100 milhões por ano ao Estado. Além de funciona com uma“ estrutura clara” e a um custo muito mais reduzido, o canal ‘low cost’ contará com o arquivo da ERT, o qual “constitui um tesouro nacional”, diz o governo.