GOVERNO VAI DISCUTIR PERÍODO PÓS-TROIKA COM PARCEIROS SOCIAIS

governoO Governo comprometeu-se com os parceiros sociais a discutir uma estratégia para o período pós-‘troika’, bem como o aumento do Salário Mínimo Nacional, até ao final do ano.
A informação foi dada aos jornalistas pelas confederações sindicais e patronais, após um encontro com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, depois de um encontro de quase três horas na sede do Conselho Económico e Social (CES) para abordar questões relativas ao próximo Conselho Europeu, que se realiza em Bruxelas a 20 e 21 de março.
No entanto, o encontro desta segunda feira entre Passos Coelho e o líder do PS, António José Seguro, para discutir uma estratégia de saída do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro em maio, dominou a reunião com as estruturas sindicais e patronais, esperando-se que o primeiro-ministro faça a mesma ronda de discussões com os outros partidos com assento parlamentar, além de discutir, também com os parceiros sociais, essa matéria do pós-‘troika'”, afirmou o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva.
Relativamente ao ‘pós-troika’, “houve um convite feito de forma indireta dizendo que era necessário encontrar soluções para o futuro e que contaria, para isso, com os parceiros sociais. Vamos aguardar”, afirmou, por seu turno, a presidente da UGT, Lucinda Dâmaso.
Também o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Viera Lopes, referiu essa intenção de ouvir os parceiros sociais e, sem pretender pôr em causa a vontade do Governo, considerou que “entre a intenção e a concretização vai uma grande distância”.
A questão sobre o aumento do SMN também dominou a reunião desta manhã, tendo Passos Coelho transmitido a sua intenção de trazer a matéria à concertação ainda este ano, mas sem data definida, segundo confirmaram a CGTP, a CIP e a CCP.
No entanto, a UGT transmitiu aos jornalistas ter ficado com a ideia de que o aumento do salário mínimo seria discutido até maio, altura prevista para a saída da ‘troika’ do país.