O Governo enviou na semana passada, ao Parlamento, milhares de documentos sobre contratos de alto risco, a tal ponto que, segundo apurou o CM junto de fonte ligada ao inquérito parlamentar aos swaps, “vai haver trabalho durante meses só para analisar detalhadamente todos os documentos um a um”.
A solicitação da informação sobre os contratos swap foi pedida pelo PCP e pelo BE. Os deputados da comissão de inquérito receberam uma listagem de todos os swaps, considerados tóxicos, muito tóxicos e não tóxicos, no setor empresarial do Estado.
Não é a primeira vez que a Assembleia da República recebe tantos processos. Na comissão de inquérito às Parcerias Público – Privadas foram necessárias duas salas para armazenar os documentos. Mas a avaliação de milhares de páginas vai levar semanas e já se equaciona pedir mais tempo de vida para a comissão de inquérito aos swaps em outubro.
O inquérito tem um prazo de 90 dias, mas suspendeu os trabalhos nas férias de agosto.
Em setembro retomam-se os trabalhos com uma vasta lista de audições. Silva Rodrigues, que presidiu à Carris e Metro e foi exonerado durante a polémica dos contratos de alto risco, será chamado ainda em setembro. Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, também será ouvido na comissão.