GOVERNO E RENAMO SEM CONSENSO SOBRE PRAZO DE ALARGAMENTO DA MISSÃO DE OBSERVADORES MILITARES

LusaMaputo, 24 fev (Lusa) – O Governo moçambicano e a Renamo, principal partido de oposição, mantêm divergências sobre o prazo de alargamento da missão dos observadores militares ao processo de paz, embora esta deva ter uma prorrogação automática de pelo menos 60 dias.

Na segunda-feira, o Governo admitiu pela primeira vez abertura para o alargamento do prazo da missão de observadores militares ao acordo de cessação de hostilidades (EMOCHM), exigida pela Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), mas entende que bastam dois meses, enquanto os negociadores da oposição reclamam 135 dias.

No fim da 95.ª sessão de diálogo, José Pacheco, chefe dos negociadores governamentais, disse que a proposta da Renamo “é pouco razoável”, atendendo aos escassos resultados obtidos nos 135 dias anteriores de vigência da EMOCHM e ao impasse sobre um acordo de desarmamento do principal partido de oposição e integração dos seus militares nas forças de defesa e segurança moçambicanas.