A remodelação do Governo deve ser entregue em Belém até amanhã, apurou o CM, mas a refundação da equipa de Passos Coelho ainda não está completa. O chefe de Governo guardou os convites para fazer após a declaração do Presidente da República e a moção de confiança ao Executivo será entregue no Parlamento a seguir, ou seja, para ser debatida na próxima semana. Uma iniciativa que foi fechada, apenas, entre os líderes do PSD e do CDS e combinada com o Chefe de Estado.
Sobre a equipa, Passos Coelho só arriscou ontem divulgar, em Vila de Rei, o que já se sabia: “O que eu divulguei, porque se tratava de um acordo de coligação, foi que o senhor doutor Paulo Portas seria vice-primeiro-ministro, e fi-lo com o consentimento do senhor Presidente da República, na altura própria.”
Segundo Passos, Portas, “ficará com responsabilidades na área da coordenação económica em questões como o investimento em Portugal e a coordenação com a troika, além de acompanhar as orientações para a Reforma do Estado”. E não se sobreporá às funções da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, uma escolha pessoal.
Sobre a declaração do Chefe de Estado, Passos Coelho mostrou–se satisfeito, mas reconheceu que as duas últimas semanas “abalaram um pouco a confiança conquistada nos últimos meses”. Depois de Vila de Rei, Passos fechou o dia na Quinta da Carapalha, Castelo Branco, onde foi recebido por um grupo de 70 manifestantes, mantidos pela polícia a uma distância de 50 metros, com cartazes a pedirem a demissão do Executivo.