GNR PEDÓFILO PRESSIONA TESTEMUNHAS

José António Tadeia (à esq.), ontem, à saída do tribunal FOTOS: EDGAR MARTINS
José António Tadeia (à esq.), ontem, à saída do tribunal FOTOS: EDGAR MARTINS
José António Tadeia (à esq.), ontem, à saída do tribunal FOTOS: EDGAR MARTINS
José António Tadeia (à esq.), ontem, à saída do tribunal
FOTOS: EDGAR MARTINS

Militar José Tadeia denunciado por fazer telefonemas da prisão a condicionar depoimentos.
José Tadeia, militar da GNR que ontem começou a ser julgado em Idanha-a-Nova por catorze crimes sexuais sobre quatro crianças, terá ameaçado por telefone a partir da prisão, e através de amigos, várias pessoas ligadas ao caso.
Terá beneficiado de estar numa cadeia militar, em Tomar, e de não ter limites de telefonemas, contactando “pessoas ligadas ao caso para condicionar os seus depoimentos”, explica fonte ligada ao processo. E pedia a amigos para transmitirem mensagens, normalmente e ameaças disfarçadas.
Um dos ameaçados terá sido Paula Vaz, amante do arguido, também ela acusada. Seria cúmplice – terá sido em sua casa que a maior parte dos crimes ocorreu, mas “colabora com a investigação”.
A empregada de mesa, 36 anos, contou à patroa que estava a ser ameaçada pelo ex-amante. O caso foi denunciado ao Ministério Público. José Tadeia está preso há um ano por abusos sobre duas irmãs, que no início dos crimes tinham sete anos, de 2001 a 2010, e sobre outras duas meninas, de 12 e 13 anos, entre 2010 e 2012.