O julgamento criminal dos organizadores do ‘Freedom Convoy’ continua a dar que falar. Hoje, foi a vez de os residentes de Ottawa testemunharem sobre os protestos de 2022. Uma das testemunhas diz que as manifestações foram intoleráveis.
O tribunal ouviu esta quinta-feira, dia 12, os habitantes de Ottawa obrigados a lidar com o ‘Freedom Convoy’, no âmbito do julgamento criminal de dois dos organizadores do protesto.
Tamara Lich e Chris Barber estão a ser julgados pelo seu papel nas manifestações contra as medidas de saúde pública da Covid-19. Recorde-se que no início do ano passado, Ottawa foi invadida por grandes camiões e multidões, que tomaram conta do centro da cidade.
A Coroa interrogou as testemunhas sobre os tumultos que observaram durante a manifestação, numa tentativa de associar as perturbações a Lich e Barber.
Uma delas, Sarah Gawman, descreveu o som das buzinas dos camiões durante os protestos como “incessante” e “intolerável”.
A residente disse ao tribunal que, mesmo com as janelas fechadas, ouvia tambores, buzinadelas, acelerações do motor e fogo de artifício até altas horas da madrugada.
Gawman testemunhou que “não conseguia dormir”, e que foi obrigada a trabalhar de casa. Além disso, foi impedida de ir a uma consulta médica porque a empresa de táxis a quem telefonou para a ir buscar se recusou a prestar o serviço.
Já no contrainterrogatório, a testemunha revelou que que, se quisesse, conseguia andar a pé, inclusivamente para o trabalho.