FRANCISCO SEM MEDO DA MULTIDÃO

A presidente brasileira ofereceu um quadro ao papa, enquanto nas ruas junto ao palácio do governador eclodiam protestos e confrontos
A presidente brasileira ofereceu um quadro ao papa, enquanto nas ruas junto ao palácio do governador eclodiam protestos e confrontos
A presidente brasileira ofereceu um quadro ao papa, enquanto nas ruas junto ao palácio do governador eclodiam protestos e confrontos
A presidente brasileira ofereceu um quadro ao papa, enquanto nas ruas junto ao palácio do governador eclodiam protestos e confrontos

O papa Francisco nunca mostrou medo na chegada ao Rio de Janeiro, segunda-feira, perante as grosseiras falhas da segurança, que deixaram o veículo papal ficar preso no trânsito e ser cercado por uma multidão. A afirmação foi feita pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, que acompanhava o pontífice.
Recorde-se que dezenas de pessoas chegaram a tocar no papa, que até pareceu gostar e correspondeu ao carinho e aos cumprimentos dos fiéis sempre com um enorme sorriso, para desespero dos poucos seguranças que o protegiam. Ontem, através do Twitter, Francisco escreveu “Obrigado, obrigado, obrigado a vocês e a todas as autoridades pela acolhida magnífica.” Palavras que foram sublinhadas por mon senhor Lombardi, segundo o qual o papa não tem medo de multidões.
As falhas na segurança geraram guerra de acusações entre o governo municipal do Rio, que insinuou que o trajeto do papa foi alterado à última hora pelo Vaticano, e o governo central, que já desmentiu. O Vaticano preferiu não se envolver na discussão.
Mas o início da visita ficou ainda marcado por mais incidentes. Após a cerimónia de boas-vindas, no Palácio da Guanabara, confrontos entre manifestantes e polícias nas ruas terminaram com oito pessoas feridas, duas delas agentes atingidos por cocktails molotov, e sete detidos. De forma pacífica, outros manifestantes encenaram um beijo gay’ contra a homofobia e feministas mostraram os seios, exigindo mais liberdades para as mulheres.
A Jornada Mundial da Juventude, razão primeira da visita do papa ao Brasil, foi inaugurada ontem no final da tarde com uma missa celebrada na praia de Copacabana pelo arcebispo do Rio, D.Orani Tempesta, com os organizadores a estimarem a presença de cerca de 500 mil pessoas.