Washington, 15 abr 2021 (Lusa) – Todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) vão recuperar da recessão generalizada do ano passado e vão ver as suas economias crescer, em média, 3%, abaixo da expansão de 3,4% da região, segundo o FMI.
De acordo com o relatório sobre as Perspetivas Económicas Regionais: África subsaariana, hoje divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, Cabo Verde será o país que regista o maior crescimento este ano (5,8%), mas foi também o que teve a maior recessão no ano passado, com uma queda histórica de 14%.
A Guiné Equatorial, que está em recessão desde 2016 e deverá voltar a ter um crescimento económico negativo no próximo ano, é a segunda economia com melhor desempenho entre as economias lusófonas africanas, devendo crescer 4% este ano, segundo o Fundo.
No que diz respeito ao rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB), um dos indicadores mais usados para aferir a capacidade financeira dos países tendo em conta o crescimento das economias, os PALOP registam uma média elevada, e bem acima da média da região.
O relatório coloca Cabo Verde como o país com a maior dívida pública na região, mas com a ressalva de que o perfil da dívida é menos preocupante, já que é largamente concessional.
Moçambique, com 125%, é o segundo país mais endividado, numa lista encabeçada pela Eritreia, com um impressionante rácio de 175% de dívida face à riqueza do país, refere.
A média dos países lusófonos é de 94,7%, bem acima dos 56,2% do PIB registados, em média, na região.
Crescimento económico.2020….2021….2022Angola…………….-4,0…..0,4…..3,7Cabo Verde………..-14,0…..5,8…..6,0Guiné-Bissau……….-2,4…..3,0…..4,0Guiné Equatorial……-5,8…..4,0….-5,9Moçambique…………-0,5…..2,1…..4,7São Tomé e Príncipe…-6,5…..3,0…..5,0África subsaariana….-1,9…..3,4…..4,0Dívida pública……..2020……2021…..2022Angola……………127,1…..110,7…..99,6Cabo Verde………..139,0…..137,6….131,3Guiné-Bissau……….78,1……78,1…..76,4Guiné Equatorial……51,1……44,1…..45,8Moçambique………..122,2…..125,3….126,4São Tomé e Príncipe…81,4……72,4…..67,6África subsaariana….57,8……56,2…..56,2Fonte: Perspetivas Económicas Regionais: África subsaariana, abril 2021
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