Feminicídio: Canadá homenageia vítimas da Polytechnique 35 anos após o massacre

Foto: Facebook Polytechnique Montréal

A 6 de dezembro de 1989, um atirador solitário entrou na École Polytechnique de Montreal e começou a disparar sobre as estudantes. O jovem foi motivado pelo seu ódio misógino, tendo como alvo as mulheres. Do ataque resultou a morte de 14 jovens mulheres.

A tragédia, considerada um massacre em Montreal e no país, foi um ato de violência atroz e sem precedentes contra jovens mulheres.

O tiroteio na Polytechnique galvanizou o movimento das mulheres no Canadá, levando o Parlamento a criar um plano de ação nacional de combate à violência contra as mulheres. No entanto, a violência contra as mulheres continua a ser uma epidemia neste país.

Todos os anos, a 6 de dezembro, o Canadá assinala o Dia Nacional de Recordação e Ação contra a Violência contra as Mulheres.

Esta sexta-feira, dia 6 de dezembro, a Polytechnique Montreal prestou homenagem às 14 jovens mulheres assassinadas na escola de engenharia há 35 anos.

Entre os vários eventos programados, realizaram-se vigílias em Montreal e um pouco por todo o país para assinalar o aniversário deste assassinato em massa.

Representantes da escola e das associações de estudantes depositaram flores esta manhã na placa comemorativa da Polytechnique, onde vários elementos da comunidade também prestaram a sua homenagem.

As bandeiras em frente ao edifício principal da Polytechnique foram hasteadas a meia haste até ao anoitecer.

Além disso, foram colocadas fitas brancas em diversos locais para recordar este dia trágico para as mulheres e famílias das vítimas.

Às 5:10 pm, no momento exato em que foram disparados os primeiros tiros, 14 feixes de luz iluminaram o céu sobre Mount Royal, acendendo-se um de cada vez à medida que eram lidos os nomes das 14 vítimas: Geneviève Bergeron, Hélène Colgan, Nathalie Croteau, Barbara Daigneault, Anne-Marie Edward, Maud Haviernick, Maryse Laganière, Maryse Leclair, Anne-Marie Lemay, Sonia Pelletier, Michèle Richard, Annie St-Arneault, Annie Turcotte e Barbara Klucznik-Widajewicz.