(João Moreira)
Um ‘bis’ de Jackson Martínez e mais um pontapé teleguiado de Quintero garantiram ontem a vitória do FC Porto em Arouca e a manutenção da liderança da liga, num jogo em que claramente o resultado alcançado foi melhor do que a exibição produzida.
A nota artística da equipa de Paulo Fonseca continua baixa, pelo que o futebol apresentado está longe de ser empolgante. Ainda assim, o valor individual de algumas das maiores figuras do conjunto azul-e-branco vai chegando para fazer a diferença em partidas como esta, nas quais o adversário entra em campo demasiado temente, quase em atitude reverencial.
Foi assim que o FC Porto chegou rapidamente à vantagem, por Jackson. Os dragões tiveram uma entrada forte, mas contaram acima de tudo coma complacência do adversário. Só em desvantagem o Arouca despertou, e tal bastou para se ver um jogo mais equilibrado. Nesta fase, a equipa de Fonseca esteve largos minutos sem criar jogadas de perigo, muito por culpa de um futebol que prefere a funilar apartir do meio-campo em detrimento da exploração conveniente da salas.
Na segunda parte, os portistas deixaram o Arouca crescer, quase se puseram a jeito para o empate, mas acabaram por marcar, de novo por Jackson, no culminar de um lance de contragolpe rápido…e pelas alas. O jogo ficou sentenciado. Um livre de Pintassilgo criou a ilusão de uns minutos finais frenéticos, ideia logo desfeita pela genialidade de Quintero, que, acabado de entrar, foi carregado à entradada área. Ele mesmo cobrou a falta de forma exemplar, fechando a conta.