FARMACÊUTICA ESCOCESA APOSTA NA PAPOILA DO ALENTEJO E QUER CONSTRUIR FÁBRICA PARA PRODUZIR MORFINA EM BEJA

papoilaA primeira colheita de papoila industrial está a ser feita na zona do Alqueva, por uma máquina especializada em 800 hectares de cerca de 40 agricultores alentejanos, através do projeto da Macfarlan Smith.

A farmacêutica escocesa precisava de expandir a sua área de plantação de papoilas no Reino Unido e, após analisar vários sítios na Europa, optou pelo Alentejo, por considerar que tem os ingredientes necessário à produção de uma boa colheita.

A empresa quer dobrar a área de plantação até 2016 e chegar aos 3.200 hectares, após os resultados positivos de experiências feitos, obteve em março de 2013, a licença do Infarmed ( Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) para já para plantar papoilas na zona do Alqueva, só depois extrair e produzir morfina para fins medicinais.

A Macfarlan Smith está a construir a primeira fase da fábrica para produzir morfina para fins medicinais em Beja, a partir das papoilas semeadas na região através de agricultores locais.

A fábrica, em construção nos arredores de Beja, vai servir, numa primeira fase, para armazenar e fazer o processamento inicial das papoilas, através da separação de palhas e sementes das cápsulas das papoilas, as quais serão depois moídas e processadas, seguindo depois para a unidade da Macfarlan Smith em Edimburgo, na Escócia, para a fase de extração e produção de morfina.

Nesta primeira fase da fábrica, o investimento é de cerca de quatro milhões de euros e deverá estar pronta no final deste ano, mas a longo prazo, os planos da empresa passam por construir a segunda da fase da fábrica, que ainda precisa de ser licenciada pelo Infarmed e poderá implicar um investimento entre 20 e 40 milhões de euros, para que a fase de extração e produção de morfina a partir das papoilas semeadas no Alentejo possa ser feita em Beja.