FAMILIARES APRESENTAM QUEIXA-CRIME CONTRA SOBREVIVENTE E UNIVERSIDADE

mecoOs pais dos seis jovens que morreram na praia do Meco vão apresentar queixa-crime contra o sobrevivente, João Gouveia, algumas entidades e incertos, incluindo a Universidade Lusófona.
Para a mãe de uma das vítimas é rpeciso avançar para uma queixa-crime porque já é muito tempo de espera e o requerimento que as famílias apresentaram, para se constituirem como assistentes do processo, ainda não foi deferido.
Inconformados com o silêncio de João Gouveia, que nunca acedeu a dar-lhes qualquer explicação sobre as circunstâncias em que morreram os seis jovens, vitímas da tragédia de 15 de dezembro na praia do Meco, concelho de Sesimbra, os familiares decidiram avançar com a queixa-crime também contra a Universidade Lusófona, onde os jovens estudavam.
Esta decisão baseou-se não só no facto de não ter ainda chegado resposta sobre o pedido para os pais se tornarem assistentes no processo, mas também porque os familiares recolheram uma “série de elementos” que entendem ser “matéria criminal”.
Entre estes elementos estão, segundo o advogado, alguns que dão conta da existência de documentos escritos por uma das vítimas que revelam que 10 pessoas, e não sete, seriam esperadas no fim de semana do Meco.
A decisão dos familiares dos seis jovens que morreram na praia do Meco, na madrugada de 15 de dezembro, ocorre poucas horas da reconstituição da tragédia pela Policia Judiciária de Setúbal, com a colaboração do sobrevivente, João Gouveia.
Durante mais de duas horas, a Polícia Judiciária tentou perceber as circunstâncias em que morreram os seis jovens, dois rapazes e quatro raparigas, todos alunos da Universidade Lusófona de Lisboa.
Segundo João Gouveia, o grupo de sete jovens, que estava a passar o fim de semana numa casa alugada na localidade de Aiana de Cima, no âmbito das atividades da comissão de praxes da Lusófona, terá sido arrastado por uma onda quando se encontrava na praia do Meco.