O aviso é das organizações europeias que trabalham na área do tráfico de seres humanos e dizem precisar de mais meios para trabalhar em rede.
Estes organismos trabalham em conjunto no âmbito do trabalho da Plataforma da Sociedade Civil da União Europeia, criada há um ano e que junta 102 organizações da sociedade civil da União Europeia no combate ao tráfico de seres humanos, entre as quais três portuguesas: Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres – Mén Non.
O funcionamento da plataforma pressupõe a realização de duas reuniões anuais, sendo que, para além das organizadas em 2013, a última aconteceu já no mês de maio e agora surgem denúncias de que as dificuldades existem, não são todas iguais entre as várias organizações, mas sim, fruto da realidade de cada país ser única e de haver países ainda muito atrasados na aplicação da legislação europeia.
O que todas as organizações têm sentido é que falta uma rede de cooperação formal, ou seja, que os governos nacionais, cada Estado membro ou até mesmo a União Europeia disponibilizassem mais recursos do que aqueles que estão investidos nesta rede, para que as organizações possam trabalhar em rede, uma vez que o tráfico de seres humanos é um crime transnacional, em que as vítimas passam por vários países antes de serem localizadas.
Para breve está previsto o lançamento da plataforma online, passando a haver assim uma ferramenta para facilitar e agilizar o contacto entre as várias organizações da sociedade civil e entre estas e as entidades europeias.