FADO ENCHE ALFAMA

A fadista Gisela João atuou ontem em Alfama. (TIAGO SOUSA DIAS)
A fadista Gisela João atuou ontem em Alfama. (TIAGO SOUSA DIAS)
A fadista Gisela João atuou ontem em Alfama. (TIAGO SOUSA DIAS)
A fadista Gisela João atuou ontem em Alfama.
(TIAGO SOUSA DIAS)

A jovem cantora Gisela João abriu palco no Jardim do Tabaco perante centenas de amantes do fado.
Milhares de pessoas na rua, trânsito caótico, mas um ambiente de festa em noite amena de fim de verão. Em cada esquina ouvia-se, sentia-se e pressentia-se o fado, na primeira edição da festa de Alfama, cujo arranque se deu como desfile da marcha local.
Nomeio da azáfama, as amigas Helena e Estrela, ambas de 63 anos, esperavam à porta do Museu do Fado para trocarem os bilhetes pelas pulseiras milagrosas, capazes de abrir as 10 portas das salas do evento. Apesar da fila longa, a disposição era excelente. “O ambiente do fado é sempre bom, e sabemos que nos vamos divertir muito”, disse Estrela, ao que Helena acrescentou não ter preferência por qualquer dos mais de 40 artistas participantes.
Alguns, como Cristina, 45 anos, reclamavam do preço da entrada, 35 euros, “dinheiro que nunca poderia pagar”. “Vou ficar à porta das salas, para tentar ouvir os fadistas, porque de outro modo não seria possível”, diz.
Perplexos com o movimento, Erika e Günther, alemães, de 62 e 66 anos, que nunca ouviram um fado, chegaram atraídos pela animação. “Espero conseguir ficar a perceber o que é o fado”, diz Erica.
Com um programa atraente, a festa do fado deu a ouvir vozes tão díspares quanto Ana Moura, Gisela João (que abriu o palco do Jardim do Tabaco), Alexandra, e Maria da Fé, numa noite que uniu gente de todas as gerações e famílias inteiras.