FACE OCULTA – GODINHO ACUSA EDP DE PREJUÍZO

Zálio Couceiro não conseguiu explicar conversa entre Manuel Godinho (esq.) e ex-chefe de Finanças
Zálio Couceiro não conseguiu explicar conversa entre Manuel Godinho (esq.) e ex-chefe de Finanças
Zálio Couceiro não conseguiu explicar conversa entre Manuel Godinho (esq.) e ex-chefe de Finanças
Zálio Couceiro não conseguiu explicar conversa entre Manuel Godinho (esq.) e ex-chefe de Finanças

 

A defesa de Manuel Godinho requereu ontem, no Tribunal de Aveiro, a junção ao processo ‘Face Oculta’ de vários documentos que, segundo o sucateiro, provam que foi prejudicado num negócio com a EDP.
Em causa está o levantamento de material pelo qual Manuel Godinho pagou, a mais, cerca de 8 500 euros. Manuel Godinho, principal arguido do processo, tenta, assim, contrariar a acusação – para o Ministério Público (MP),o sucateiro obteve lucros de forma ilegal. À saída do tribunal, o advogado explicou que o arguido sabia que estava a ser prejudicado, mas nada podia fazer.
“Ao ser confrontado com exigências que lhe pareciam descabidas e despropositadas, por razões comerciais, teve de ceder e sofreu alguns prejuízos”, disse o advogado Artur Marques.
Segundo os documentos, a EDP Valor imputou a um transformador o peso de 23,3 toneladas, mas a estrutura metálica pesava apenas 13,7 toneladas, correspondendo o restante ao óleo nele contido.
Na 150ª sessão, foi ainda ouvido Zálio Couceiro, funcionário de Manuel Godinho – que não conseguiu explicar uma conversa entre o patrão e Mário Pinho, ex-chefe de Finanças e também arguido no ‘Face Oculta’.
Para o Ministério Público, este último foi fundamental para arquivar um processo fiscal contra uma empresa propriedade do sucateiro.
O julgamento do caso ‘Face Oculta’, que tem também como arguidos Armando Vara, José Penedos e Paulo Penedos, prossegue no próximo dia 4 de setembro, após as férias judiciais de verão, com a audição de mais uma testemunha.